Paradigmas Tecnológicos e Regimes De Apropriabilidade: O Caso Da Indústria Fonográfica Na Era Digital (2024)

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Artcultura

Revisitando a indústria fonográfica na era digital

2015 •

Michel Nicolau Netto

Há pouco mais de uma década a indústria fonográfica produzia um discurso sobre pirataria online e a culpava por sua alegada crise. De fato, transformações técnicas se referiram a uma nova formação do campo da indústria gravada. Após mais de setenta anos de pleno domínio, a indústria fonográfica perdeu a centralidade nesse campo e passou a negociar suas regras com empresas de tecnologia e mídia que operam a internet. Ao contrário do que muitos previram, essa situação não representou a sucumbência da indústria fonográfica, nem o fim do controle sobre o acesso do usuário à música. Cada vez mais esse segmento industrial se estrutura com regras próprias baseadas em uma intensa valorização dos direitos autorais e na exploração do trabalho imaterial do usuário. Dessa forma, a internet se mostra como espaço da intensificação temporal e extensão geográfica dos ganhos de empresas exploradoras de fonogramas que se esforçam por ampliar o controle sobre as práticas online dos usuários.

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Inovação nas Indústrias Culturais na era digital: Um estudo de caso das empresas eletrônicas da indústria fonográfica brasileira.

Leonardo De Marchi

O objetivo desta pesquisa é analisar o desenvolvimento do mercado fonográfico digital no Brasil, observando-se os conflitos e disputas entre os agentes que caracterizam esse mercado e suas consequências tanto para a capacidade de inovação comercial quanto a diversidade cultural do mercado de música no país. Como desde 2010 se tem notado o início das atividades no Brasil de empresas eletrônicas internacionais (como lojas virtuais de fonogramas, a iTunes, agregadores de conteúdo, como The Orchard e Believe Digital, e serviços de streaming, como Spotify, Deezer, Rdio, entre outros), buscou-se tornar inteligíveis os conflitos de interesses entre esses entrantes no mercado de música e tradicionais agentes da indústria do disco, como artistas, gravadoras e editoras de música. Adotando-se a sociologia econômica como referencial teórico, realiza-se um estudo de caso desse setor do comércio de música gravada, valendo-se de técnicas de pesquisa como entrevistas compreensivas, revisão bibliográfica, levantamento de dados secundários, além da observação de páginas na internet.

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Entre música e tecnologia: condições de existência e funcionamento da indústria fonográfica brasileira no século XXI

Daniel Wainer

Este artigo se propõe a discutir, por meio de material bibliográfico, documental e empíri-co – este último baseado em trabalho de campo e entrevistas pessoais realizadas entre julho de 2014 e junho de 2015 –, o processo de digitalização da indústria fonográfica brasileira. Para cum-prir este objetivo, busca-se: observar as condições que marcam o advento da era digital; analisar a história de desenvolvimento das mídias, dispositivos e equipamentos que teriam levado a essa inflexão do mercado de discos; investigar as possibilidades de produção e distribuição musical no contexto brasileiro; percorrer os circuitos locais da pirataria, os caminhos independentes, as formas de distribuição digital e a questão dos direitos autorais. A hipótese que emerge ao final dessa empreitada é a de que a existência e o funcionamento da indústria fonográfica atual se encontram em uma trilha permeada por rupturas e continuidades. Espera-se, enfim, que esta pesquisa possa trazer novos olhares sobre as relações entre música, cultura, comunicação e tecnologia no Brasil contemporâneo. Em particular, com base numa investigação empírica, o autor reflete sobre os efeitos, as ruturas e as continuidades observados no contexto atual de digitalização.

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Revista Administração em Diálogo - RAD

Transformação Da Indústria Criativa Pela Internet: O Caso Da Indústria Fonográfica No Brasil

Odair Abreu

O objetivo desse trabalho foi descrever o modelo de negócio dos criadores e distribuidores de conteúdo da indústria fonográfica a partir do uso da Internet, entendida como inovação.. O método empregado foi o estudo de casos múltiplos, com quatro criadores de conteúdo (artistas) e dois distribuidores de conteúdo (uma major- Sony- e uma indie).Os resultados mostraram transformações no produto (digital ao invés de suporte físico), distribuição- feita por lojas virtuais, ocorrendo a desintermediação, possibilitando artistas conectarem-se diretamente a seus clientes, e faturamento aumentado para artistas e distribuidores indie, que se beneficiaram da divulgação pela Internet, enquanto que distribuidoras major não perceberam esse aumento, talvez devido à pirataria.

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Indústria fonográfica X novas plataformas musicais - Trânsitos sonoros na era da Internet

Tatiana Rodrigues Lima

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A crise da indústria fonográfica analisada sob a perspectiva da Nova Economia Institucional

2009 •

Míriam Toyama

"This paper aims to analyze, from the perspective of New Institutional Economics, the crisis that has shaken the music industry world. The recorded music market, profitable until a decade ago ago, has been suffering losses due to technological innovations that transform the way of producing and distribute music. Firstly, the fall in costs music reproduction, stimulates the growth of the illegal market (physical piracy), which reach the consumer at a price equivalent to about one fifth the price of the original product. Moreover, popularization of Internet facilitate illegal file sharing of protected music in MP3 format and the falling cost of recording makes that musicians can produce their work independently or with the help of small labels . In this context, major labels lose much of their space . Although favored by the current legislation, which takes piracy as a crime , the recording industry faces hurdles related to the difficulty of enforcement of existing structures to combat piracy and legitimizing the practice of exchanging phonograms. It is considered that these difficulties may be better understood with the help of concepts New Institutionaism."

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Apropriação tecnológica, inclusão digital e a utilização do formato mp3 na produção musical brasileira de hoje

Eduardo Paiva

Desde o surgimento do disco gravado, nada havia impactado tanto o mercado fonográfico quanto o formato mp3. Desenvolvido nos anos 80, o formato popularizou-se nos anos 90 com o crescimento da Internet tornando-se a padrão mundial para troca de arquivos sonoros pela rede. Além disso, tornou-se também o elo final da cadeia da produção dos home estúdios, permitindo ao artista o controle sobre a distribuição on-line de sua obra, e também possibilitando o surgimento de milhões de samples de áudio pela rede, que podem ser utilizados em diversos softwares de criação musical, como o Acid Pro, Fruit Loops e outros. A indústria fonográfica ainda não absorveu de forma efetiva a potencialidade desse formato e o acusa de ser o grande vilão do encolhimento do mercado mundial de discos, especificamente o latino americano. Por outro lado, no mp3, por tratar-se de um arquivo de áudio comprimido, existe uma significativa perda de informações sonoras, existindo uma dicotomia a cada vez maior entre a qualidade dos sistemas de gravação digital, como o Pro Tools HD e a questionável qualidade sonora de um arquivo mp3. São essas indagações que nos interessam: de como o mercado de produção musical latino americano pode se beneficiar de forma efetiva dessa tecnologia, de como os artistas podem dela se utilizar como um eficaz meio de distribuição e das alterações nos processos de criação musical dela decorrentes.

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RBI-Revista Brasileira de Inovação

Inovações Tecnológicas e Mecanismos de Proteção aos Direitos Autorais na Indústria Fonográfica

2009 •

Míriam Toyama

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EM DIREÇÃO À CONSOLIDAÇÃO DOS MERCADOS DE CONTEÚDOS DIGITAIS? Um estudo de caso da indústria fonográfica no Brasil.

Leonardo De Marchi

Após a desconfiança em relação à viabilidade de um comércio de fonogramas digitais, empresas eletrônicas têm apresentado novos modelos de negócio que geram valor para o acesso a esse tipo de conteúdo digital. A economia do acesso que as caracteriza exige que tais empresas disputem mercados ao redor do mundo. Na medida em que começam a operar em determinado mercado nacional, elas inserem as obras de artistas, gravadoras e editoras locais em seu sistema virtual e global de informação. Isso apresenta uma série de potencialidades comerciais, assim como desafios culturais. Neste artigo, apresenta-se um estudo de caso explanatório do mercado fonográfico brasileiro, entre 2010 e 2015. Baseando-se em entrevistas com agentes da indústria da música, o objetivo do artigo é entender a nova composição de forças e as tensões resultantes que caracterizam o mercado fonográfico brasileiro na era digital. Nas considerações finais, apontam-se desafios para a indústria da música, assim como para as políticas de comunicação e cultura no Brasil.

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Author: Gov. Deandrea McKenzie

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Name: Gov. Deandrea McKenzie

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